
As marcas que conhecemos hoje têm evoluído ao longo dos anos, no sentido de se tornarem mais próximas dos consumidores e de lhes proporcionarem experiências únicas e inesquecíveis, de forma a manterem relações duradouras e o envolvimento com os consumidores.
Com o novo ano que se aproxima, aproximam-se também novas tendências às quais as marcas devem estar atentas.

Brand experience
Os consumidores, hoje em dia, valorizam marcas por toda a envolvente e experiência que estas lhes proporcionam. Esta tendência está a tornar-se um dos pilares de criação e definição de estratégia de novas marcas, sendo apoiada por ferramentas que ajudam a desenvolver os sentidos dos consumidores e que permitem criar experiências únicas. Com o desenvolvimento das experiências de realidade virtual e aumentada, as marcas podem apresentar aos seus consumidores produtos e serviços segmentados mediante os seus desejos e interesses, facilitando a implementação ou reformulação de novos conceitos.
Em termos de branding, estas tendências levam ao reposicionamento e análise da marca com vista a proporcionar aos seus clientes uma experiência positiva de interação em todas as suas frentes. Assim, segundo o Creative Bloq, os elementos identitários apresentarão menos foco nas fontes tipográficas, cores e imagens, progredindo para elementos de maior ligação com o cliente final.
Personalizar o contacto com os clientes:
As marcas significam coisas diferentes para pessoas diferentes, mediante as experiências associadas às mesmas, sentindo assim necessidade de personalizar as suas versões a cada consumidor. Por exemplo, a Coca-cola, com mensagens e nomes personalizados, permite assim uma aproximação e envolvimento maior do consumidor final. Em 2016, as marcas irão interagir com os seus consumidores de forma mais pessoal, customizando a sua oferta para ir de encontro às necessidades individuais.
Estas preocupações com as necessidades de cada um são possíveis, pois atualmente os marketeers dispõem de informação detalhada sobre os seus consumidores e as suas necessidades, tornando os seus clientes mais reais e a adaptação da linguagem mais simples. À semelhança, os social media ajudaram a tornar a comunicação com os consumidores mais dinâmica e em tempo real.
A tendência dos mecanismos desenvolvidos, por exemplo dos smart watches, vai no sentido de proporcionar às empresas mais dados sobre os clientes, nomeadamente, dados biométricos que possam ser utilizados na satisfação das necessidades de consumo de cada cliente.

Tornar as marcas mais humanas:
A tendência de desenvolver experiências únicas com os clientes passa pelo envolvimento que o consumidor sente com a marca. Assim, espera-se que as marcas tornem os seus elementos mais humanos, de forma a criarem laços mais fortes e duradouros com eles. Por isso, as marcas devem treinar os seus vendedores para serem embaixadores dos seus valores e ideais, para que possam transmitir o bem-estar de trabalharem com a marca e para poderem apresentar ao cliente experiências mais envolventes. Os consumidores começam também a sentir falta de interação humana, por isso as marcas estão a voltar a abrir espaços físicos, sendo exemplo a Amazon que optou por abrir uma loja no ano passado, estando agora mais próxima dos consumidores.
Em termos de branding, significa que os clientes estão à espera de encontrar elementos humanos na sua marca preferida. Devem ser criados elementos que construam esta imagem.
Consumidores cada vez mais ‘acelerados’:
Os consumidores procuram experiências convenientes e únicas, num ritmo mais acelerado. A publicidade comum já não os cativa nem causa grande impacto nas suas decisões de consumo. Contudo, é valorizada uma experiência relevante com as marcas, devendo as mesmas estar atentas ao comportamento dos consumidores online e adequar as suas estratégias por forma a tornarem-se mais atrativas. Neste ponto, é essencial o envolvimento das empresas com as agências de branding, pois as marcas devem funcionar como um organismo vivo que se adapta às expectativas de parte a parte, proporcionando-lhes a melhor experiência.

Cores e padrões:
Embora seja controversa a sua importância no reconhecimento da marca, as cores definem toda a sua envolvente e a forma como é compreendida pelos consumidores. Assim, em 2016 as marcas procuram minimizar o ruído, optando por padrões e cores mais sóbrios. Jogando com esta tendência está a ênfase na utilização de tons relaxantes e tranquilizadores. A Pantone definiu o Rose Quartz e o Serenity como cores deste ano, por consequência dos tumultos. Estas cores conseguem agrupar a tonalidade quente e envolvente do rosa com a tonalidade fria e tranquilizadora do azul, proporcionando sensações de conexão e bem-estar aliadas à ordem e paz. No respeitante ao conceito de branding, é expectável que as marcas optem por utilizar cores conjugadas com estes tons, para proporcionar ao clientes sentimentos de maior reconhecimento e ligação à marca
Escrito por:
Ana Monteiro